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“Chitãozinho & Xororó" : 50 Anos de música

 

A partir da década de 1970, a dupla "Chitãozinho & Xororó" ganhou o coração do público brasileiro / Gustavo Scatena-RG

Nesta quarta-feira, logo depois da novela “Pantanal”, a Globo mostrará o especial “Chitãozinho & Xororó – 50 Anos de História” que lembra a trajetória dos irmãos José Lima Sobrinho e Durval de Lima que a partir da década de 1970 ganharam o coração do público brasileiro e contribuindo com a cultura popular e identidade nacional.

Produzido pela equipe do “Conversa com Bial”,  com direção artística de Monica Almeida e direção geral de Gian Carlo Bellotti, o programa contará com diferentes e emocionantes momentos que conjugam entrevistas conduzidas por Pedro Bial com resgates inéditos, suportados por um rico material de arquivo, e musicais. “Tem algumas vertentes que seguimos, como uma parte de memória afetiva muito forte. Mergulhamos a fundo na pesquisa deles com fotos, histórias de família, de tudo o que se pode imaginar. Também traremos um musical acústico, mais intimista, ao redor de uma fogueira, em um papo delicioso com Pedro Bial, e um outro momento com uma apresentação grande e de muito significado: montamos um show num circo, que foi o espaço onde a carreira deles começou”, explica Gian Belotti. 

“É um pouco musical, um pouco entrevista, um pouco documentário, mas, ao mesmo tempo, não é nenhuma dessas coisas convencionalmente. Utilizamos recursos desses gêneros para fazer um programa que é uma viagem no tempo, de 50 anos. Encontramos um jeito para tornar a música tão informativa e significativa para a história quanto o texto e as falas. Tudo é diversão e informação ao mesmo tempo”, define Pedro Bial. “Me emocionei muito, porque acho que todo brasileiro vai se identificar. Na verdade, é uma trajetória que funciona como espelho para o Brasil e para cada um de nós, como aventura coletiva, que é a construção de uma nação, e individual, com os nossos sentimentos”, acrescenta.


Com leveza e bom humor, os 50 anos de carreira são relembrados pelos irmãos José e Durval / Gustavo Scatena-RG

Chitãozinho & Xororó iniciaram a carreira no final da década de 60 e, no começo de 70, lançaram o primeiro álbum, “Galopeira”. A dupla, natural do Paraná, veio para São Paulo na esperança de construir solidez profissional com um estilo musical que se limitava, na época, ao campo. Com raízes na música caipira, representam a modernização do estilo ao incluírem, pela primeira vez, instrumentos como guitarra elétrica e banjo – o que configura uma transformação cultural ordenada à intensificação da industrialização agrícola, ou seja, à modernização da atividade rural. Deste modo, além de protagonizar “uma nova música sertaneja”, a dupla figura a história de milhares de brasileiros do campo e que viveram o êxodo rural.

Trata-se de um resgate profundo e sensível que promete identificação. “Acho que, assim como eu, todo brasileiro vai se emocionar ao ouvir as histórias e as músicas. É aquilo: ao ouvir um sucesso, impossível não pensar ‘onde eu estava e o que estava fazendo da vida?’”, destaca Pedro Bial.

 

É nesta quarta-feira, dia 01 de junho, logo depois da novela "Pantanal" / Gustavo Scatena-RG


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